As eleições deste ano estão se transformando na primeira batalha para pelo menos quatro partidos muito interessados em chegar forte em 2026. São os casos de PSB, Republicanos, MDB e União Brasil. As siglas são, de longe, as que mais vêm acumulando filiações visando as eleições municipais, mas o mote principal delas é, sim, o pleito de daqui a dois anos. Para isso, a tarefa de casa tem sido arregimentar prefeitos e vereadores ou mesmo candidatos com potencial de serem competitivos na disputa eleitoral de outubro.
O PSB tem planos bem claros: quer pavimentar a candidatura de João Azevêdo ao Senado ou mesmo, caso o atual gestor decida se manter até o fim do mandato, lançar um nome competitivo para a sucessão. O mais cotado quando se fala disso é Deusdete Queiroga. Mas o plano principal continua sendo encampar o projeto do atual mandatário do Palácio da Redenção de chegar à Casa Alta. João participou, nesta segunda-feira (18), de seis filiações de pré-candidatos a prefeito em cidades paraibanas, notadamente de municípios sertanejos, onde ele conseguiu força para a reeleição em 2022.
O Republicanos vem logo atrás, com o projeto de cacifar o deputado federal Hugo Motta, presidente estadual do partido, para uma disputa executiva. Pode ser para o Senado ou para o governo do Estado. Ainda muito jovem e apesar disso, o parlamentar tem mostrado grande desenvoltura nas articulações que fizeram o partido se transformar, em um passado recente, no maior partido da Paraíba em termos de representação parlamentar. A agremiação, por isso, vem costurando as bases para um projeto maior, que deve sair da fornalha em 2026.
Quem vem em seguida tentando defender o que já conquistou é o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB. O partido tem procurado apoiar nomes consolidados nas principais cidades e ampliar a representação do partido comandado por ele nos pequenos municípios. Em Campina Grande, vai para o apoio a Bruno Cunha Lima (União Brasil). Em João Pessoa, deve seguir com o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos). Mas no restante do Estado, tem costurado espaços entre outros gigantes para chegar vivo em 2026, quando tentará se manter no Senado.
O quarto partido nesta disputa por espaço é o União Brasil, do também senador Efraim Filho. A sigla conseguiu filiar como principal estrela Bruno Cunha Lima, que tentará a reeleição em Campina Grande. Além disso, tem corrido atrás de fortalecer o partido nos pequenos redutos pelo estado afora. Para 2026, sonha com a possibilidade de disputa do governo do Estado. Ele partiu cedo em 2022 quando buscou a vaga no Senado e colheu dividendos com a ousadia. Agora, tentará fazer o mesmo em relação ao Palácio da Redenção.
Todo este movimento tem como objetivo fazer os partidos chegarem fortes em 2026. Até porque, boa mesmo, caso se mantenha a escrita, é a situação do atual vice-governador, Lucas Ribeiro (PP), que chegará para uma possível disputa pela reeleição com a caneta de governador na mão. Isso se João sair para a disputa do Senado. Aos outros partidos, restará fazer o dever de casa para igualar o jogo.
Jornal da Paraiba
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